Publicado em:
27/6/2025
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Atualizado em:
27/6/2025

Programador no exterior: Posso prestar serviço para o exterior como PJ morando no Brasil?

Com o crescimento da demanda por desenvolvedores no mercado internacional, muitos profissionais brasileiros se perguntam se é possível trabalhar como programador no exterior com CNPJ do Brasil, como ficam os impostos, a emissão de nota fiscal e o recebimento em dólar ou euro.

Se você é um programador que reside no Brasil, mas deseja prestar serviços para empresas de outros países, este artigo te ajudará a entender como funciona a tributação, como emitir nota fiscal para fora, quais impostos são aplicáveis e quais cuidados tomar para manter tudo em dia com a Receita Federal. 

É possível trabalhar como programador no exterior? 

Sim, é totalmente possível, e cada vez mais comum, trabalhar para o exterior como programador PJ. Com a valorização de talentos brasileiros no mercado internacional, muitas empresas estrangeiras contratam profissionais de tecnologia como prestadores de serviço PJ, sem a necessidade de vínculo empregatício. 

Ao abrir um CNPJ, você passa a oferecer seus serviços de forma profissional, podendo emitir nota fiscal, receber valores legalmente em moeda estrangeira e com uma carga tributária mais vantajosa do que a de pessoa física. Isso permite que você aproveite as oportunidades globais sem sair do Brasil — mantendo sua residência fiscal aqui e cumprindo com todas as obrigações legais.

Esse modelo é ideal para quem quer liberdade geográfica, autonomia profissional e ganhos mais altos, sem abrir mão da regularidade. Mas para isso funcionar bem, é essencial entender os detalhes da tributação e da burocracia envolvida — e é justamente isso que vamos te explicar ao longo deste artigo. 

Tributação para programador PJ que trabalha para o exterior

A tributação sobre a prestação de serviços de programação para o exterior depende do regime tributário da empresa, que pode ser Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, sendo o Simples Nacional exclusivo para prestadores de serviços que residem no Brasil, portanto, se o seu objetivo é residir em outro país, você deverá optar pelo Lucro Real ou Presumido. 

Por se tratar do regime tributário mais vantajoso e utilizado pelos programadores, vamos usar o Simples Nacional como base para explicar a tributação para desenvolvedores. Em resumo, ao morar no Brasil e prestar serviços para o exterior, o PIS, Cofins e ISS são isentos. Mas, caso você queira entender melhor cada contribuição, veja abaixo: 

  • PIS (Programa de Integração Social):

O PIS (Programa de Integração Social) pode ser isento ou não incidir sobre a prestação de serviços no exterior, portanto, nas duas opções o desenvolvedor não pagará esse imposto. 

Mas, é importante saber em qual das duas possibilidades você se enquadra, e isso depende do recebimento em moeda estrangeira pelos serviços prestados. Segundo a Lei nº 10.637/2002, o PIS não incide sobre receitas de serviços prestados a clientes do exterior quando há pagamentos em moeda estrangeira.

Além disso, quem está no regime não cumulativo pode compensar, deduzir ou até pedir ressarcimento dos valores pagos de PIS em casos de exportação de serviços.

  • Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social):

Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) segue regras parecidas com o PIS. De acordo com a Lei nº 10.833/2003, esse tributo pode ser isento ou não incidir sobre a prestação de serviços no exterior. Além disso, existem maneiras de compensação e ressarcimento do imposto em alguns casos específicos.

  • ISS (Imposto sobre Serviços):

De acordo com a Lei Complementar nº 116 de 31 de julho de 2003, o ISS (Imposto sobre Serviços) não incide sobre a prestação de serviços no exterior. Porém, caso você preste serviços para um cliente do exterior, mas os resultados do seu serviço sejam aplicados ao Brasil, essa regra não é válida. 

É importante destacar que não existe nenhum imposto adicional pelo fato de o cliente estar fora do Brasil. Pelo contrário, em muitos casos, há até isenção de tributos, o que torna essa operação ainda mais vantajosa. Além de receber em moedas mais valorizadas, como dólar ou euro, o desenvolvedor também pode se beneficiar da redução da carga tributária nessa modalidade de serviço.

O Simples Nacional pode prestar serviços para o exterior?

Sim, assim como o Lucro Presumido e o Lucro Real, o programador que possui seu CNPJ enquadrado no regime Simples Nacional pode prestar seus serviços para o exterior, desde que respeite o limite de faturamento e resida no Brasil.

Como emitir nota fiscal para o exterior como programador PJ?

Se você é programador PJ e vai prestar serviços para uma empresa no exterior, é essencial emitir nota fiscal. Isso garante que o recebimento seja legalizado, comprova a origem do dinheiro que entra na sua conta e mantém sua contabilidade em dia.

A emissão da nota fiscal segue algumas particularidades quando o serviço é prestado para fora do país. Veja os principais pontos:

  • Tipo de nota: trata-se de uma Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e). Ela é emitida pelo sistema da prefeitura da sua cidade, como qualquer outra prestação de serviço.
  • Cliente estrangeiro: como o contratante (tomador) está fora do Brasil, campos como CNPJ, inscrição municipal e endereço completo podem ficar em branco. Algumas prefeituras aceitam “Exterior” como local de prestação de serviço, mas recomendamos sempre consultar as regras do seu município.
  • Descrição em inglês (opcional): não é obrigatório, mas incluir a descrição do serviço em inglês pode facilitar a comunicação com o cliente internacional e dar mais transparência.
  • Valor e moeda: a nota deve ser emitida em reais (BRL), com base na cotação do dia da contratação ou da prestação do serviço. A conversão deve constar no contrato ou em documento de apoio.

Com essas informações, a emissão da NFS-e ficará muito mais fácil. Veja o passo a passo abaixo:

  1. Cadastro na Prefeitura:

Para a emissão da NFS-e, é necessário se cadastrar no sistema da prefeitura da sua cidade e, em alguns casos, você precisará de um certificado digital que pode ser adquirido diretamente com a contabilidade ou certificadora de sua confiança.

  1. Acesso ao sistema emissor da NFS-e: 

Acesse o sistema emissor da NFS-e no seu estado, insira seu CNPJ e senha, ou utilize o certificado digital. No caso do estado de São Paulo, o sistema utilizado é o da Nota do Milhão. 

  1. Selecionar opção:

Escolha a opção “Emissão de NFS-e”.

  1. Preenchimento de dados

No caso da emissão de NFS-e para serviço prestado para o exterior, não é possível informar CNPJ. Portanto, preencha os campos obrigatórios, descrição dos serviços, data de vencimento e o valor em real, com base na cotação do dia, conforme explicado anteriormente.

  1. Emissão de NFS-e:

Revise os dados preenchidos na nota, confira se as informações estão corretas e emita sua NFS-e. 

Se você ainda tem dúvidas sobre como emitir corretamente sua nota fiscal para o exterior, contar com o apoio de uma contabilidade especializada faz toda a diferença para evitar erros e aproveitar os benefícios tributários disponíveis. Fale conosco e tire suas dúvidas!

Como receber do exterior legalmente como programador PJ?

Se você atua como programador no exterior, é essencial que os valores recebidos sejam convertidos e registrados corretamente no Brasil. Isso garante que sua empresa fique em dia com a fiscalização e que você possa comprovar a origem dos recursos.

O caminho mais comum é por meio de um contrato de câmbio, feito com uma instituição autorizada pelo Banco Central, como bancos tradicionais ou plataformas especializadas em câmbio, como é o caso da B&T Câmbio. Esse processo converte o valor recebido em moeda estrangeira para reais (BRL) e o deposita em sua conta bancária PJ no Brasil.

Ao receber pagamentos internacionais, é importante:

  • Emitir a nota fiscal correspondente à prestação de serviço;
  • Emitir um invoice, caso o recebimento seja acima de US$3.000,00;
  • Guardar os comprovantes de câmbio (eles serão usados na contabilidade e na declaração do IR da empresa);
  • Manter os valores registrados no seu faturamento, mesmo quando o cliente não exigir nota fiscal.

Esse procedimento é o que caracteriza o ingresso de moeda estrangeira no país, necessário para garantir isenções de impostos como o PIS, Cofins e ISS em casos de exportação de serviços. Receber corretamente é tão importante quanto emitir a nota — e contar com uma contabilidade especializada ajuda a evitar erros e garantir todos os benefícios fiscais.

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Preciso pagar impostos no país do cliente?

Não é necessário pagar impostos no país do cliente ao prestar serviços como programador PJ no Brasil. Isso porque, quando você atua com um CNPJ brasileiro e presta serviços para o exterior, essa operação é considerada uma exportação de serviços e, por isso, a tributação normalmente acontece apenas no Brasil.

Vale a pena ser programador no exterior?

Atuar para o exterior como PJ é uma excelente oportunidade de crescimento profissional e financeiro. Além da chance de trabalhar com empresas globais e projetos inovadores, a remuneração em moedas fortes, como dólar ou euro, pode representar ganhos significativamente maiores do que os praticados no Brasil.

Manter sua base no Brasil, atuar remotamente e organizar sua rotina de forma mais livre, sem precisar sair do país ou obter visto de trabalho pode ser um ponto muito positivo. Essa combinação de liberdade geográfica, valorização do câmbio e alta demanda internacional torna esse modelo muito atrativo.

No entanto, é fundamental estar atento à parte burocrática e tributária. Emitir notas corretamente, receber via contrato de câmbio e manter a contabilidade em dia são passos essenciais para evitar problemas com o Fisco e aproveitar benefícios fiscais disponíveis para exportação de serviços.

Com o apoio de uma contabilidade especializada em profissionais PJ, é totalmente possível estruturar essa atuação de forma legal, econômica e vantajosa. Para quem busca crescimento e estabilidade financeira, ser programador no exterior pode valer — e muito — a pena.

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Sabemos como orientar cada etapa da sua jornada internacional: desde a abertura do CNPJ, até a emissão correta da nota fiscal para o exterior, passando pela escolha do melhor regime tributário e pelo suporte com o câmbio legalizado.

Além disso, oferecemos benefícios exclusivos para nossos clientes, como o TotalPass, que dá acesso a academias e bem-estar com valores acessíveis, e a parceria com a B&T Câmbio, uma das maiores corretoras do país, para facilitar o recebimento em moeda estrangeira de forma legal, segura e com as melhores taxas.

Se o seu objetivo é atuar globalmente, mantendo tudo em dia com a fiiscalização e aproveitando ao máximo os incentivos fiscais da exportação de serviços, a AccountTech é a parceira ideal para te ajudar nessa jornada.

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