Publicado em:
20/6/2025
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Atualizado em:
6/8/2025

Desenvolvedor PJ ou autônomo pessoa física: Qual é a melhor opção?

Se você atua como desenvolvedor de software ou está de olho nas oportunidades do mercado de tecnologia, provavelmente já se deparou com a expressão “desenvolvedor PJ”. Esse modelo de contratação tem se tornado cada vez mais comum, especialmente em empresas que buscam flexibilidade e agilidade para formar suas equipes.

Mas será que vale a pena atuar como Pessoa Jurídica (PJ) em vez de seguir no modelo autônomo ou CLT? Como funcionam os impostos, o salário e os benefícios nessa modalidade? E como abrir um CNPJ do jeito certo?

Neste artigo, vamos esclarecer todas essas dúvidas de forma prática e objetiva. Você vai entender como funciona o regime de desenvolvedor PJ, comparar com outras formas de atuação e descobrir qual opção faz mais sentido para a sua carreira — do ponto de vista financeiro, tributário e até de qualidade de vida.

Como funciona a atuação como desenvolvedor PJ?

Como Desenvolvedor PJ, você abre um CNPJ, emite notas fiscais para os clientes e recebe como empresa — não como pessoa física. Isso traz mais autonomia e, em muitos casos, uma remuneração maior com impostos menores, mas também envolve mais responsabilidades. 

Ao ser contratado como PJ, o desenvolvedor normalmente fecha contratos de prestação de serviços com empresas de tecnologia, consultorias ou startups. Esses contratos definem escopo, prazo, valor e condições da colaboração, não havendo vínculo empregatício, o que significa que você não tem direito a benefícios como férias remuneradas, 13º salário ou FGTS — e nem deveres de horários ou subordinação. 

Na prática, o desenvolvedor PJ:

  • Negocia seus próprios contratos;
  • Gerencia o próprio tempo e entregas;
  • Emite nota fiscal por horas ou por projeto;
  • Paga todos os impostos da empresa de forma simplificada através do DAS (caso escolha o Simples Nacional);
  • Não responde a uma hierarquia direta, mas cumpre entregas conforme combinado em contrato.

Esse modelo costuma ser vantajoso para quem busca flexibilidade, liberdade geográfica e melhor retorno financeiro, especialmente com a alta demanda por profissionais de TI no mercado e a redução de impostos comparado ao CLT ou autônomo.

No entanto, é essencial estar bem orientado quanto aos aspectos fiscais e contratuais para não cair na chamada “pejotização” — quando o vínculo disfarçado de PJ acaba funcionando como uma relação de emprego, mas sem os direitos previstos na CLT.

Como funcionam os impostos do desenvolvedor PJ e autônomo pessoa física?

Uma das maiores dúvidas de quem está escolhendo entre atuar como desenvolvedor PJ ou pessoa física é em relação aos impostos. Afinal, quanto se paga? Qual modelo é mais vantajoso do ponto de vista tributário?

A resposta depende de vários fatores — como o seu faturamento, o tipo de serviço prestado e o regime de tributação escolhido. Vamos entender melhor como funciona em cada caso:

Impostos do desenvolvedor PJ

Quem atua como PJ precisa abrir um CNPJ e escolher um regime tributário. O mais comum para desenvolvedores é o Simples Nacional, geralmente com o CNAE 6201-5/01 - Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda, mas existem outros códigos de acordo com a atividade.

Principais tributos no Simples Nacional:

  • Simples Nacional (DAS): a partir de 6% ou 15,5% sobre o faturamento, dependendo da faixa e se a empresa se enquadra no Fator R.
  • INSS (Pró-labore): 11% sobre o salário definido para o sócio (valor mínimo: um salário mínimo).
  • IRPF: até 27,5% sobre o valor definido como pró-labore, podendo ser isento.

Além disso, o PJ emite nota fiscal e precisa manter controle financeiro organizado. Com um bom planejamento, essa opção costuma ser mais econômica, especialmente para quem fatura acima de R$5 mil mensais (ou R$60 mil por ano). 

Impostos do desenvolvedor autônomo (pessoa física)

Já quem atua como autônomo, sem CNPJ, precisa pagar os impostos como pessoa física, com alíquotas geralmente mais pesadas:

  • INSS: Até 20% sobre a remuneração recebida.
  • IRPF: Até 27,5% conforme a faixa de renda.
  • ISS (Imposto sobre Serviços): cobrado por muitos municípios, geralmente entre 2% e 5% do valor recebido.

Além disso, o autônomo precisa declarar seus rendimentos no Imposto de Renda anualmente e, caso receba de outra pessoa física, deverá preencher e pagar imposto de renda através do Carnê-Leão mensalmente. 

Comparativo rápido

Portanto, podemos concluir que, ao optar pela atuação como desenvolver PJ, você economiza significativamente em impostos, aumentando seu faturamento, e pode contar com uma contabilidade especializada para cuidar das suas obrigações, tornando a gestão menos complexa e mais tranquila.

Qual o salário de um desenvolvedor?

Os valores podem variar bastante conforme a tecnologia dominada, nível de experiência, localidade e formato do contrato. Mas, de acordo com o Glassdoor, a média salarial de um desenvolvedor no Brasil é de R$4.000 mensal.

Porém, ao atuar como desenvolvedor PJ, esse valor costuma ser maior, devido a redução de impostos para você e para a empresa contratante, permitindo uma margem de negociação muito maior.

Benefícios para desenvolvedor PJ

Quando você escolhe atuar como desenvolvedor PJ, é importante saber que alguns benefícios da CLT — como férias remuneradas, 13º salário e FGTS — não fazem parte do pacote. Como PJ, você não tem vínculo empregatício formal, o que significa que esses direitos trabalhistas não são garantidos.

Mas ser PJ também traz uma série de vantagens e benefícios que, muitas vezes, compensam essa ausência. Entre os principais, destacam-se: 

  • Maior autonomia e flexibilidade para gerenciar sua rotina, escolher projetos e horários de trabalho.
  • Potencial para remuneração mais alta, já que o custo para a empresa é menor e você pode negociar valores melhores.
  • Liberdade para atuar para diferentes clientes, ampliando sua carteira e oportunidades.

Além disso, se você é cliente da AccountTech, conta com benefícios exclusivos que facilitam sua vida profissional e pessoal, como:

  • Acesso ao TotalPass: uma plataforma com diversas opções de academias e atividades físicas para manter seu bem-estar.
  • Descontos em cursos: inglês, profissionalizantes, graduação e pós-graduação, para você investir no seu crescimento e aprimoramento constante.
  • Suporte contábil especializado: garantindo que você cumpra suas obrigações fiscais com tranquilidade e tenha mais tempo para se dedicar ao que realmente importa: sua carreira.

Ser desenvolvedor PJ é ter controle sobre sua carreira, seus ganhos e seu desenvolvimento, com suporte para que você esteja sempre um passo à frente.

Desenvolvedor PJ pode ser MEI?

Não, desenvolvedor não pode ser MEI. Para ser Microempreendedor Individual, é preciso que a atividade esteja na lista de atividades permitidas pelo governo, que são definidas pelo CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas).

A atividade de desenvolvimento de software sob encomenda está enquadrada no CNAE 6201-5/01, que não é permitida para MEI. Isso significa que o desenvolvedor que presta serviços personalizados e sob demanda não pode optar pelo MEI.

Se você atua como desenvolvedor de software, pode abrir outros tipos de empresa para atuar como PJ, como:

  • Empresa Individual (EI);
  • Sociedade Limitada Unipessoal (SLU);
  • Microempresa (ME).

Esses regimes permitem faturamentos maiores e possibilitam o enquadramento no Simples Nacional, que também oferece um regime tributário simplificado e vantagens fiscais.

Qual é a melhor natureza jurídica para o desenvolvedor PJ?

Ao abrir um CNPJ, um dos pontos mais importantes para o desenvolvedor PJ é a escolha da natureza jurídica da empresa. Essa decisão impacta diretamente a estrutura do negócio, a presença de sócios e até a proteção do patrimônio pessoal. Entre as opções mais indicadas, temos:

  • Empresário Individual (EI): indicada para quem não tem sócios. Nesse modelo, não há separação entre os bens da empresa e os do empreendedor.
  • Sociedade Limitada Unipessoal (SLU): permite a atuação sem sócios, com a vantagem de separar os bens pessoais dos da empresa.
  • Sociedade Limitada (LTDA): ideal para quem pretende ter sócios, exigindo a elaboração de um contrato social.

Essa decisão deve ser tomada no início da jornada PJ, fazendo toda a diferença. Alterar a natureza jurídica depois pode envolver burocracia, custos e tempo — o que pode ser evitado com o suporte certo desde o início.

Por isso, contar com uma contabilidade desde a abertura do CNPJ é essencial. O desenvolvedor PJ lida com uma série de obrigações como declarações, impostos e taxas, e ter um contador ao lado é o que garante segurança e tranquilidade para focar no que realmente importa: o seu trabalho.

Regime tributário para desenvolvedor PJ

Na maioria das vezes, o regime tributário mais vantajoso para o desenvolvedor PJ é o Simples Nacional. 

O Simples Nacional é um regime simplificado, onde todos os impostos e tributos são recolhidos em uma única guia de pagamento, o DAS. Isso facilita o controle financeiro da pessoa jurídica. Estes impostos são:

  1. IRPJ (Imposto sobre a Renda de Pessoas Jurídicas);
  2. CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido);
  3. PIS/Pasep (Programa de Integração Social);
  4. Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social);
  5. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados);
  6. ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços);
  7. ISS (Imposto sobre Serviços);
  8. Contribuição para a Seguridade Social.

Atualmente, existem 5 anexos no Simples Nacional. No caso do desenvolvedor PJ, o anexo pertinente às suas atividades é o V:

  • Anexo V: Para empresas que fornecem serviço de auditoria, tecnologia, jornalismo, publicidade, viagens, engenharia, academias, contabilidade, medicina e odontologia, e laboratórios; 

Existem restrições ao optar pelo Simples Nacional?

Quando o desenvolvedor PJ opta pelo Simples Nacional, ele também precisa estar ciente de que esse regime tributário segue algumas regras. 

No entanto, para facilitar o seu entendimento sobre o que estamos falando, separamos a seguir algumas “regras básicas” para que você, como pessoa jurídica, evite alguns erros que podem levar ao seu desenquadramento do Simples. Confira:

  • Optantes pelo Simples Nacional precisam ser uma microempresa (ME) ou então, uma empresa de pequeno porte (EPP); 
  • O limite de faturamento é de R$4,8 milhões por ano;
  • Não permite sócios que moram no exterior; 
  • Sócios não podem ter mais de 10% do capital de outra empresa que também seja optante pelo regime de tributação do Simples Nacional;
  • Uma pessoa física não pode ser sócia de duas empresas optantes do Simples Nacional;
  • Não permite débitos com o INSS;
  • Um CNPJ do Simples Nacional não pode ter uma sociedade de ações;

Sendo assim, o desenvolvedor PJ precisa ficar atento a essas restrições e, caso tenha problemas com alguma delas, notificar imediatamente a sua contabilidade. Dessa forma, medidas mais assertivas podem ser tomadas o mais rápido possível.

Como ser um desenvolvedor PJ?

Se você quer mais liberdade, autonomia e ganhos maiores na sua carreira como dev, se tornar desenvolvedor PJ pode ser o próximo passo. E a boa notícia é que, abrir um CNPJ e começar a atuar como PJ é mais simples do que parece — principalmente com a orientação certa.

Aqui na AccountTech, cuidamos de tudo isso para você. Com a nossa consultoria gratuita, mostramos:

  • Qual o tipo de empresa mais vantajoso para o seu perfil;
  • Como pagar menos impostos de forma legal;
  • Como aumentar seu faturamento como PJ;
  • Como organizar seu financeiro com clareza e segurança.

Além disso, nossos clientes ainda têm acesso a benefícios exclusivos, como o TotalPass, descontos em cursos de inglês, profissionalizantes, graduação e pós, entre outras vantagens para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Se tornar PJ pode ser o melhor investimento da sua carreira como desenvolvedor — e a AccountTech está aqui para facilitar esse processo com o suporte que você merece.

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